O Tempo de Viver
Recentemente morreu uma menina que eu conhecia. Não era exatamente uma amiga, mas uma pessoa próxima "conceitualmente" (se é que se pode falar assim)... tinha mais ou menos a minha idade, era da minha academia, já tinha feito inglês comigo, era filha do meu dentista...
Fiquei extremamente chocada com a notícia, mas só parei realmente pra pensar nisso no dia da missa, dentro da igreja lotada de gente que também não conseguia entender muito bem o que tinha acontecido. Duas linhas de pensamento me prendiam. Uma, a de que não valorizamos nossa vida o suficiente. Corremos riscos demais sem necessidade, não pensamos em quanto somos frágeis. A outra é que deixamos de fazer muitas coisas que podemos não ter oportunidade de fazer depois. Simplesmente pode acontecer de não estarmos mais aqui amanhã, de deixarmos de existir (pelo menos fisicamente, acho que no imaginário dos que ficam todos continuam vivos).
E me pergunto: quais são meus principais objetivos na vida? As coisas que faço hoje me aproximam ou me afastam desses ideais? São indiferentes? Realmente não sei... Mas acho que uma atitude eu tenho tomado nesse sentido: a de não deixar nunca de falar para as pessoas as coisas que sinto em relação a elas. Se gosto, se não gosto, se estou chateada, QUALQUER coisa. Tenho tido uma enorme necessidade de que as pessoas tenham chance de compreender meus pensamentos, meus sentimentos. Apesar de muitas vezes parecerem incompreensíveis até para mim. Mas tenho procurado dar sempre uma chance de me aproximar, de me envolver, de fazer as pazes, de deixar que as pessoas expliquem seus motivos, de explicar os meus, de dar os conselhos que eu acho válidos, de receber os conselhos dos outros...
Ultimamente tenho investido meu tempo, meus esforços e minha energia em me relacionar com os outros, e em decidir de verdade o que é bom pra mim: academica, profissional e pessoalmente. Até que não é uma tarefa muito fácil não, mas compensa.
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