15.5.07

...a pergunta que não quer calar:

How would you move Mount Fugi?

No livro sobre o processo seletivo da Microsoft ou na entrevista de emprego mais próxima de você.

Aliás, nesse mesmo livro o autor fala de uma pesquisa que fizeram (muito looonga pra explicar aqui) e que mostra que na verdade a pessoa é admitida ou não nos primeiros 3 segundos de uma entrevista de emprego. Resumindo: os moços que entrevistaram os candidatos aprovaram/reprovaram as mesmas pessoas que os moços que viram filmetes de 3 segundos dos candidatos cumprimentando os entrevistadores. Ou seja: a não ser que você fale alguma coisa MUITO absurda, o que você fala na entrevista não conta muito.

Ah, me perguntaram o que eu estava lendo. Achei melhor não falar sobre o Upgrading, que fala sobre um gigolô em Londres (que é leve e engraçadíssimo, mas eu podia ser mal-interpretada). Falei do último que eu li: Man Walks into a Room, sobre um professor universitário desmemoriado. Parecia mais sério. Melhor garantir, né...

Eu mereço...

Hoje vi na mesa do colega de trabalho P (que a nível de detalhamento tem idade pra ser meu pai) o Ensaio Sobre a Cegueira, do Saramago. Me sentindo menos só nesse ambiente onde poucos cultivam o hábito da leitura, resolvi puxar assunto:

L: Tá lendo esse livro? É muito bom!
P: Comecei esses dias, tô gostando bastante.
...
P: Como é em português de Portugal tem umas coisinhas meio diferentes, né?
L: É, no começo a gente estranha a diferença nas escolha de palavras, mas rapidinho acostuma.
P: Mas não é só isso; parece que em Portugal não se usa ponto no fim das frases. Só no fim do parágrafo.
L: ???????

P pega o livro e mostra pra L. As frases todas terminam com uma vírgula, e a frase seguinte inicia à maneira tradicional, com letra maiúscula. Os parágrafos terminam num ponto. Não lembrava que o livro era assim. Nisso, a conversa atrai C., que trabalha logo ali ao lado e já está achando estranho aquielas frases com vírgulas. Tentei um:

L: Ah, é o estilo do autor. Ele escreveu o livro assim.
P: Acho que não. Acho que a regra em Portugal é essa.
C: Mas você acha que ele escreveu o livro FORA da norma culta?

senti que a moça estava angustiada.

L: Claro! Vários autores fazem isso.
C: Que coisa estranha, escrever errado! Não gosto disso não...
L: Ah, eu até curto, se tiver alguma intenção. Se for só por escrever errado não.
P: Não deve ser isso não, acho que em Portugal é assim.
C: Também acho...

Será que eu choco eles com um texto ArnaldoAntunesPauloLeminskyMelamedSafranFoerPauloCuenquiano?

Tendão de Aquilles (literalmente)

Mais uma vez peço desculpas pela demora em postar, mais uma vez com uma boa causa: Rapha sofreu um acidente futebolístico e rompeu seu tendão de aquilles (esse mesmo). Após longa jornada em busca de uma autorização do plano de saúde ele operou e passa bem(ninguém pediu minha opinião mas eu dou de qualquer forma: NÃO contratem os planos da ASSIM!).

Saldo dessa história:
1.um namorado manhoso (e ele NUNCA foi de manha) que já está de cama há mais de 20 dias e ainda deve ficar por mais um tempo;
2.virei cuidadora de namorado de cama e praticamente não durmo em casa há 20 dias (alguém tem que dar o café da manhã e o jantar pra criança, né...). Meus pais nem reclamam, porque minha mãe tá MORRENDO de pena dele :P
3.descobri que sou muito boa nessas situações... faço compras no supermercado, faço comida, sirvo todo tipo de coisa na cama, troco DVDs, jogo videogame. E tiro energia pra tudo isso não sei de onde depois de um dia inteiro de trabalho.

Apesar de algumas novidades boas, estou louca pra tudo voltar ao normal e poder carregar ele pra praia, pra andar de bicicleta, não precisar ficar dirigindo (o carro é meu mas ele é o motorista oficial) e todas aquelas coisas normais da minha vida normal. Só não queria voltar a dormir quase sempre na minha casa...